quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Pedagogia Waldorf

A Pedagogia Waldorf é um dos desenvolvimentos das teorias de Rudolf Steiner, além da medicina antroposófica e a agricultura biodinâmica.
Introduzida por Rudolf Steiner em 1919, em Estugarda, Alemanha, uma das principais características da pedagogia é o embasamento na concepção de desenvolvimento do ser humano, criada pelo próprio Rudolf Steiner, que leva em conta as diferentes características das crianças e jovens, segundo sua idade aproximada. Um mesmo assunto é abordado várias vezes durante o ciclo escolar, mas nunca da mesma maneira, e sempre respeitando a capacidade de compreensão da criança.
Para atingir a formação do ser humano, a pedagogia atua no desenvolvimento físico, anímico e espiritual do aluno, incentivando o querer (agir) por meio da atividade corpórea das crianças em quase todas as aulas. O sentir é estimulado na constante abordagem artística e nas atividades artesanais específicas para cada idade. O pensar é cultivado paulatinamente, desde a imaginação incentivada por meio de contos, lendas e mitos – no início da escolaridade –, até o pensar abstrato rigorosamente científico do Ensino Médio (colegial).
Uma das características marcantes da Pedagogia Waldorf é o fato de não se exigir do aluno, ou cultivar precocemente o pensar abstrato (intelectual).
Uma escola que segue o modelo pedagógico Waldorf, na Alemanha.Almeja-se que as aulas sejam um preparo para a vida. Procura-se desenvolver as qualidades necessárias para que os jovens floresçam e saibam lidar com as constantes e velozes mudanças que se apresentam no mundo, com criatividade, flexibilidade, responsabilidade e capacidade de questionamento.
Entende-se que o jovem, cada vez mais, precisa ser articulado e capaz de se comunicar claramente, tanto se abrindo para o que os outros têm a dizer como encontrando a melhor forma para expressar seus pensamentos ao mundo. Para tanto, a Pedagogia Waldorf, segundo seus adeptos, permanece revolucionária até os dias de hoje.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O que é educação criativa na sala de aula?

Atendendo a pedidos de muitos professores interessados no assunto, estou tentando responder algumas dúvidas e perguntas mais frequentes.

1 – Os meus textos sobre Educação Criativa são o resultado de uma prática de 30 anos em escolas públicas, pesquisa na Austrália e muita leitura.

Durante 25 anos dei cursos para professores de todas as disciplinas e autoridades educacionais em 10 Estados do Brasil (e em Lisboa, Portugal), em cadeia feminina e em Clínica de Recuperação de Dependentes Físicos, testando a Educação Criativa com diferentes clientelas e obtendo resultados incríveis.

Nos meus textos estou sempre me dirigindo ao professor e não ao aluno. É o professor que precisa SENTIR a necessidade da mudança nas suas aulas, de Metodologia Tradicional para Metodologia Criativa, para melhorar a educação no Brasil. O importante é ter a coragem de começar.

2 – As técnicas criativas são sugestões para o professor recriar para qualquer disciplina, conteúdo e faixa etária, lembrando sempre das diferenças individuais. Por isso, as propostas têm de ser abertas e quanto mais heterogêneo for o grupo de alunos, mais ricas serão as respostas. O meu objetivo é fortalecer e encorajar o professor e o objetivo do professor é motivar o “aluno geração Internet do século XXI” para que se interesse pelas aulas e colabore com o seu próprio desenvolvimento. Como lidar com essa geração? Acredito que a resposta seja mudar para Metodologia Criativa na sala de aula.

3 - Em Educação Criativa não estou impondo regras ou modelos porque isso é Educação Tradicional. Meus textos de aulas criativas são apenas um apoio para o professor refletir, mudar tudo o que puder ou o que for necessário e aguardar o sucesso do resultado, que não será um produto final “bonito”, mas, sim, a beleza do processo criativo apaixonante em que o aluno interage com os colegas e o professor, sentindo-se respeitado.

4 - No início é sempre um pouco difícil mudar, mas logo os alunos percebem os objetivos da aula sendo vivenciados, a atividade lúdica que o professor deu para motivá-lo a buscar o conhecimento. Então, eles acabam “mergulhando de cabeça” em todas as aulas.

5 - Para começar, o professor precisa escolher apenas uma sugestão de atividade criativa (do texto abaixo) e dar a proposta, deixando o aluno trabalhar (em apenas alguns minutos, sem a interferência do professor). Depois, os alunos apresentam o resultado para os colegas. No final da aula, eles levantam e comentam os objetivos que foram atingidos. Então, com a turma motivada pelo conteúdo da aula, o professor solicita uma RECRIAÇÃO da atividade para outros conteúdos da sua disciplina. Todos aprendem na Educação Criativa, tanto os alunos como o professor e os pais (que percebem que seus filhos mudaram para melhor).

6 – Se o professor tiver várias turmas, o crescimento dele será maior porque cada turma responde de maneiras diferentes.

7 – Como a mesma proposta pode ser dada para diferentes faixas etárias e diferentes disciplinas, a diferença vai estar na realização das atividades, nas reflexões e conclusões dos alunos. Em Educação Criativa, professores e alunos vivenciam as diferenças individuais e descobrem que essas diferenças significam riqueza e não pobreza ou dificuldade.

8 – O “aluno geração Internet do século XXI” não aceita mais aquele tipo de aula em que o professor fala durante 50 minutos, valorizando apenas o conteúdo que se torna “decoreba”, para o aluno ganhar notas, sem aprender nada. Nem aceita mais o professor escrever o conteúdo na lousa ou “ditar o ponto” para o aluno escrever no caderno nem trabalho em sub-grupo que tome a aula inteira e não se aprende nada.

Acabou o tempo do professor que sabe tudo e do aluno que não sabe nada. O importante na Educação Criativa é o professor dar propostas criativas para o aluno perder o medo de falar, defender suas opiniões, escrever, dialogar, ouvir sem interromper o colega que está falando, pensar a respeito do que ouviu, pesquisar e anotar, ler e entender o que leu, interagir com os colegas e o professor, cantar, dançar, desenhar, teatralizar.

9 - O professor precisa estar muito atento a um problema sério das escolas brasileiras: o que ele está fazendo na sala de aula é educação, decoreba ou matança de aula? O aluno sabe analisar o trabalho do professor. Será que o aluno está feliz com esse tipo de aula? Há escolas e professores excelentes, mas há muitos professores que precisam melhorar para que os alunos melhorem e esperamos que o governo reconheça isso.

10 – A Educação no Brasil é Tradicional e precisa mudar com urgência porque as pesquisas internacionais mostram que é uma das piores do mundo. Quem é responsável por essa situação?
a) os alunos, que não sabem o que é Educação?
b) os professores, que não sabem o que é Educação?
c) os governantes, que não sabem o que é Educação?
d) os pais, que não sabem o que é Educação?
e) ou todos nós que não estamos interessados em saber... o que é Educação?

Você, professor, já percebeu que um joga a culpa no outro e ninguém quer mudar? Em Educação Criativa nós temos que MUDAR SEMPRE porque, sem mudança, não há educação nem vida.

11 - As três características da Criatividade são originalidade, flexibilidade e fluência. O que quer dizer isso? Vamos inventar uma definição? Em Educação Criativa nós podemos criar um significado bem simples para qualquer coisa e depois, se sentirmos necessidade, podemos mudar de opinião e mudar a definição.

ORIGINALIDADE quer dizer que cada um é único e que pode pôr para fora e sem medo a beleza do seu interior;
FLEXIBILIDADE é a capacidade de mudar. É o jogo de cintura que o brasileiro tem. Uma pedra é uma pedra, mas pode ser mil outras coisas;
FLUÊNCIA quer dizer que podemos ter milhões de ideias, de atitudes, de sentimentos e que podemos mudá-los a qualquer momento.

12 - A Educação Tradicional trabalha apenas com o intelecto do aluno e a Educação Criativa trabalha com três personagens que cada aluno tem dentro de si:O GIGANTE que pode tudo e pode fazer maravilhas, mas ele está sufocado dentro de cada um, com medo de sair. A Educação precisa libertá-lo.

A CRIANÇA que quer ser feliz em qualquer faixa etária, em toda sua vida, mas está sufocada e tem medo de sair, de se expressar.

O FILÓSOFO que é capaz de pensar, analisar, selecionar o que é melhor para ele e para os outros, para sua escola, família, bairro, comunidade... Mas ele está sufocado e também com medo de sair para mostrar a riqueza de seus pensamentos e ideias que podem melhorar sua vida e o mundo.

13 - A Educação Criativa é muito motivadora porque trabalha com comunicação através de cinco expressões: oral, escrita, musical, corporal e plástica. Isso quer dizer que o aluno geração Internet do século XXI é aquele que não tem medo de falar, escrever, cantar, dançar, desenhar e teatralizar (no teatro entram as cinco expressões). Ele sabe que o produto final “bonito” e o conhecimento de conteúdos das várias disciplinas, não são os objetivos da Educação Criativa, mas pode ser uma maravilhosa consequência. Ninguém segura um aluno motivado.

Texto de Glorinha Aguiar

domingo, 9 de janeiro de 2011

Movimento lança 5 Bandeiras de atuação pela Educação brasileira


Todos Pela Educação lançou, nesta quarta-feira (1º), 5 Bandeiras norteadoras da atuação para os próximos anos. "Elas tratam de assuntos fundamentais para que o Brasil consiga cumprir as 5 Metas, de acesso à escola, alfabetização, aprendizagem, conclusão do ensino e financiamento", explica Priscila Cruz, diretora-executiva do movimento [na foto ao lado]. "O Todos Pela Educação sentiu que não basta só focar das Metas, é preciso também indicar os caminhos de atuação."

As 5 Bandeiras são as seguintes:

1- Currículo: o País precisa ter um currículo nacional, com as expectativas de aprendizagem dos alunos por série/ciclo.

2- Valorização dos professores: o magistério deve ter uma formação adequada, com foco na aprendizagem dos alunos, além de contar com uma carreira mais atraente.

3- Fortalecimento do papel das avaliações: as provas aplicadas para medir a qualidade da Educação devem orientar as políticas públicas e as práticas pedagógicas. Por isso, é necessário que elas forneçam informações aos professores e aos gestores sobre o que os alunos aprenderam e deixaram de aprender.

4- Responsabilização dos gestores: os gestores brasileiros devem ser apoiados, mas também responsabilizados pelo desempenho dos alunos.

5- Melhora das condições para a aprendizagem: o País deve ampliar a exposição dos alunos à aprendizagem por meio do cumprimento das quatro horas diárias obrigatórias e da ampliação do turno de ensino, com utilização do contraturno para reforço escolar e recuperação.


As Metas do movimento são as seguintes:

Meta 1 – Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola.

Meta 2 – Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos.

Meta 3 – Todo aluno com aprendizado adequado à sua série.

Meta 4 – Todo jovem com o Ensino Médio concluído até os 19 anos.

Meta 5 – Investimento em Educação ampliado e bem gerido.

O Todos Pela Educação é um movimento que conta com a participação da sociedade civil, de gestores públicos de Educação, da iniciativa privada e de especialistas. O principal objetivo é ajudar na garantia do direito de todas as crianças e jovens a uma Educação de qualidade até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil.

Férias

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Projeto Uso Responsável da internet

AGENDA “ Uso Responsável da Internet"

  • Reunião Informativa para Professores
  • Palestra para Pais
  • Atividades com Alunos

    “USO RESPONSÁVEL DA INTERNET”

    FINALIDADE: promover o uso da internet em favor do desenvolvimento intelectual e social de crianças e adolescentes ao mesmo tempo em que reduz riscos de violência contra esse público na rede mundial de computadores.

    DIVULGAÇÃO CAMPANHA: lançada pela GVT – CDI [Comitê para Democratização da Informática] e Fundação Xuxa Meneguel.
    OBJETIVO GERAL: Informar a comunidade em geral de como se pode utilizar a internet de forma responsável como meio de informação, interação e desenvolvimento de aprendizagem.
    OBJETIVOS ESPECIFICOS:
    • Divulgar a campanha apresentando a cartilha para professores, pais e alunos;
    • Envolver educadores, educandos e pais na campanha “uso responsável da internet”;
    • Refletir sobre diferentes programas que a web oferece e cuidados ao utilizá-los;
    • Reconhecer a internet como ferramenta interativa de informação, entretenimento e desenvolvimento da aprendizagem;
    • Promover debates na escola envolvendo toda a comunidade escolar;
    • Divulgar a campanha nos meios de comunicação;
    • Envolver alunos em atividades diversas como: dramatizações, produção de textos e elaboração de cartazes;
    • Concurso de cartazes com premiação; ( Ver regulamento )

    AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA ESCOLA NABOR
    • Reunião com professores
    • Palestra para pais
    • Atividades diversas para os alunos
    • Divulgação da cartilha e do vídeo;
    • Criação de um link na pagina wiki para divulgação das ações e projetos da escola. http://vacariarefletindoanet.pbwiki.com
    • Divulgação dos sites educativos para professores

    Atividades para os alunos
    • Dramatização de histórias em quadrinhos pelos alunos da EJA com apresentação para os demais alunos;
    • Produção de Textos com o tema “Uso Responsável da Internet” Concurso de redação 5ª, 6ª, 7ª , 8ª
    • Elaboração de cartazes educativos para Educação de Jovens e Adultos ( Concurso)
    • Visitas a sites educativos Pré a 4ª série

    SITES BACANAS PARA PROFESSORES!
    http://www.aomestrecomcarinho.com.br/ - Aborda temas de cidadania, sexualidade,
    informa sobre a carreira no magistério.
    http://www.mec.gov.br/ - Ministério da Educação
    http://www.novaescola.com.br/ - Reúne reportagens da Revista Nova Escola, fóruns sobre questões educacionais, bate-papos com professores e profissionais da área, agenda de eventos, plano de aula, informações pedagógicas e bibliotecas.
    http://www.estudefacil.com.br/ - Traz dicas de cursos inovadores, notícias atualizadas sobre a área educacional e artigos.
    http://www.educacaoonline.pro.br/ - Atualidades do campo educacional no mundo.
    http://www.educacional.com.br/ - Traz dicas sobre temas trabalhados em sala de aula, redação on line, relato de experiências de profissionais da área educativa e encaminhamentos metodológicos.
    http://www.educacaosuperior.inep.gov.br/ - Traz informações sobre as instituições de ensino superior, avaliações oficiais dessas instituições e a situação legal dos cursos, incluindo também informações sobre o financiamento estudantil.
    http://sitededicas.uol.com.br/ - Reflexões sobre educação, dicas de atividades, softwares educativos, calendários com eventos educacionais,relação de escolas do Brasil na internet, materiais didáticos.
    http://www.educacao.gov.br/ - Traz os principais indicadores de educação, níveis de ensino, modalidades e a organização educacional completa do país.
    http://www.educarede.org.br/ - Reúne material de diversas disciplinas que pode ser usado pelos professores em sala de aula.
    http://www.museudapessoa.net/ - Museu virtual de histórias de vida aberto à participação de quem quiser compartilhar sua história. Permite pesquisar
    sobre temas escolares e exposições, além de contar com uma biblioteca virtual.
    www.adolesite.aids.gov.br/adolesite.htm - Aborda o tema da sexualidade, das drogas e das doenças sexualmente transmissíveis em uma linguagem especialmente desenvolvida para os adolescentes.
    http://www.dominiopublico.gov.br/ - Trata-se de uma biblioteca digital com mais de 14 mil títulos em seu acervo.
    www.teachertube.com/ - Vídeos para serem utilizados em sala de aula.
    O professor também pode postar vídeos que possam ser utilizados por outros colegas. O objetivo é criar uma videoteca virtual.
    • Drawing for children – Com este software seu filho ou aluno poderá fazer desenhos e escrever textos. O software também conta com grande quantidade de carimbos, planos de fundo e desenhos. O download está disponível no site: http://people.cs.uu.nl/markov/kids/draw.html
    • Gibizinho – Com ele seu filho ou aluno poderá criar histórias. Contém vários personagens e balões variados para as mais diferentes formas de expressão. A versão experimental está no site: http://www.kiq.com.br/
    • Brincando com a Arie – Software que contém quatro brincadeiras em português e hebraico. Ideal para crianças de até 6 anos. Este software pode ser encontrado em http://www.krafthaus.com.br/. Para fazer o download clique em extras.
    • Hagáquê – É um editor de histórias em quadrinhos. Para fazer o download clique em http://www.hagaque.cjb.net/.

    Dicas de sites para Pais

    PARA NAVEGAR E SE DIVERTIR COM SEU FILHO
    http://www2.uol.com.br/ruthrocha/home.htm
    www.quizland.com/hiero.mv
    www.kadike.com.br/bau/index.htm
    www.monica.com.br/mural/quadroes.htm
    www.universidadedamagica.com/udm/br/
    www.divertudo.com.br/
    www.ziraldo.com.br/
    www.yo-yo.org/Forest/
    www.cidadedamalta.pt/entrada.html
    www.canalkids.com.br/portal/index.php
    www.pop.com.br/barra.php?url=/popgames/index01.php
    http://www.obrasileirinho.org.br/
    http://www.plenarinho.gov.br/
    www.ibge.gov.br/7a12/default.php
    http://www.mingaudigital.com.br/
    http://www.familia-relacionamento.com.br/

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes

Sempre que recebo algo dos amigos por e-mail e percebo por traz do material uma intenção séria e de reflexão, após análise acabo publicando neste espaço. Se REEDUCAR: UM NOVO TEMPO foi construido para a reeducação de uma sociedade que clama por respeito, solidariedade, compreeensão e acima de tudo educação, eu, como educadora não poderia fazer de conta que não li, não vi e não compreendi.
Sou solidária as palavras proferidas pelo educador Igor, afinal estamos todos nós vivendo nesta sociadade consumista que esqueceu de ensinar aos seus membros valores essenciais para a VIDA em sociedade.
Sempre há uma desculpa para o engano, a mentira, a traição e quem mata, rouba, mente, trai a confiança se torna sempre a vítima, o coitadinho. Isso é hipocrisia!
Não acredito que haja alguém que escolheu a missão de ser professor pelo salário mensal irrisório, e, estou convicta que se escolhemos ser educadores, escolhemos por que amamos ensinar.
E por que os alunos não amam estudar e aprender?
O que acontece com essa geração que detesta a escola mas é obrigado a estar nela?
Quem perdeu o controle da situação? A família? A escola? A sociedade? Ou quem elaborou e aprovou as leis?
É preciso repensar as ações que tem contribuido para a violência em sociedade.
Certamente o que falta é tratar o coração das pessoas para que treinem a paciência, ameam ao próximo, e acima de tudo respeitem os seus limites.

Amigos,

Embora há muito tempo desligado daquela instituição, como ex-professor do Instituto Metodista Izabela Hendrix, fiquei profundamente consternado com o caso do universitário que, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca no coração de seu professor, na cantina, em pleno horário escolar, à frente de todos.

Escrevi um desagravo e, em minha opinião, a pérfida ilusão vendida a muitos alunos despreparados, sobre a escola (e a vida) como lugares supostamente cheios de direitos e pobres em deveres, acaba por contribuir para ambientes propensos à violência moral e física.
Espero que, se concordarem com os termos, repassem adiante, sem moderação. A divulgação é livre.

Abs
Igor


J’ACUSE !!!
(Eu acuso !)
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice. (Émile Zola)
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)
Foi uma tragédia fartamente anunciada.
Em milhares de casos, desrespeito.
Em outros tantos, escárnio.
Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).
A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.
O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.
Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.
No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”.
Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.”
Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”.
Afinal de contas, ele está pagando...
E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”
Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...
Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.
Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.
Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal a o autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:
EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;
EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;
EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;
EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;
EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;
EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;
EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;
EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;
EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;
EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;
EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,
EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;
EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.
EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;
EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;
Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.
Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.
A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”
Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A Morte Devagar

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito e do trabalho, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeções, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. VAMOS VIRAR A MESA!" ESTE É UM SONHO QUE AINDA REALIZAREI."
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de inicia-lo, não tentando um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
A ESTE RESPEITO UMA PESSOA ME DISSE CERTA VEZ:" -QUEM NASCEU PARA PUXAR CARROÇA, PUXARÁ A VIDA INTEIRA."HUHUMM...ESPERE E VERÁS, O MEU OBJETIVO DE VIDA NESTE PRÓXIMO ANO SERÁ ESTE:"NÃO PUXAR MAIS CARROÇA." EU VOU, EU POSSO E EU CONSIGO."
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar. Estejamos vivos, então!"
Pablo Neruda
O Método Clínico Piagetiano
O método clínico piagetiano
Iris Elisabeth Tempel Costa 1

A prática científica, na psicologia genética como ciência, inclui a elaboração de hipóteses e sua verificação por meio de um interrogatório clínico denominado método clínico ou crítico.
Usado por Piaget, em 1926, este método foi uma das mais importantes contribuições para a investigação na área da psicologia do desenvolvimento que, nesta época, valia-se da observação pura dos comportamentos infantis ou do experimentalismo das técnicas psicométricas.
Interessado na análise do conteúdo do pensamento infantil, ou seja, "no sistema de crenças da criança, de tendências, de orientações do pensamento, do qual a própria criança jamais toma consciência e de que nunca fala" (Piaget, s/d) o autor concluiu que a forma e o funcionamento
do pensamento se mostram cada vez que a criança interage socialmente, mas o conteúdo do pensamento só se libera em função dos objetos de representação.
Sua primeira tentativa, para captar este conteúdo, foi através do uso de testes que demonstraram um defeito essencial, para o propósito de suas investigações, que era falsear as perspectivas. Percebeu que os testes desviavam a orientação do pensamento das crianças ao introduzir perguntas que elas não se colocam ou que passavam à margem de questões
essenciais, dos interesses espontâneos e dos processos primitivos.
Outra abordagem experimentada por Piaget foi a observação pura, o estudo das perguntas espontâneas das crianças. Examinando o conteúdo destas perguntas identificou, não só, os interesses que elas têm nas diferentes idades, mas também as soluções implícitas que davam a si mesmas uma vez que, na formulação das perguntas, ou na maneira de formulá-las,
havia uma resposta. Constatou que "quando uma criança pergunta 'quem fez o
sol?' parece conceber o sol como coisa que tivesse sido fabricada (Piaget, s/d p.8.)."
Destes achados formulou uma das regras de seu método: na investigação das explicações, dadas por crianças, devemos partir de perguntas espontâneas formuladas anteriormente por crianças da mesma idade e aplicar, sempre que possível, a mesma forma às questões que se pretende
colocar às crianças investigadas.
A observação pura, embora fundamental, também evidenciou limitações para o propósito do estudo do autor uma vez que a criança não consegue comunicar espontaneamente todo o seu pensamento e o investigador tem dificuldade de discernir, na sua fala, o jogo e a fabulação da
crença.
Buscando um caminho além da observação, sem cair nos inconvenientes dos testes, Piaget empregou um terceiro método inspirado no exame clínico psiquiátrico. Aliou à observação pura a interrogação, a conversa com a criança, seguindo suas respostas, colocando problemas,
levantando hipóteses controladas no contato com as reações provocadas pela conversa "com o objetivo de descobrir algo sobre os processos de raciocínio subjacentes às respostas..." (Piaget, 1966 em Banks Leite,
1987).
Este método tem dificuldades por que pressupõe, do investigador que dele faz uso, duas qualidades quase antagônicas: "saber observar, ou seja, deixar a criança falar, não desviar nada, não esgotar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo de preciso, ter a cada instante uma
hipótese de trabalho, uma teoria, verdadeira ou falsa, para controlar
(Piaget, s/d, p.11)."
O autor identifica dois pólos em que o investigador iniciante pode cair. De um lado, sugerir à criança tudo aquilo que deseja descobrir, assumir tudo que é dito como tendo valor máximo e de outro, nada questionar por carência de hipóteses, de uma diretriz para a investigação, e, portanto, nada valorizar no que é dito e nada encontrar.
À medida que as investigações de Piaget passaram do estudo das representações da criança para o estudo das interações entre o sujeito e o objeto procurando captar de que modo a criança age sobre o seu meio ambiente e reage às modificações dele (meio), o método clínico foi
refinado passando a centrar-se tanto nas verbalizações, quanto no conjunto
de condutas e comportamentos da criança em ação. As investigações passaram
a utilizar objetos que, ao serem manipulados, sofrem transformações
(alargam, achatam, podem ser decompostos e recompostos, etc.) e que podem
ser inferencialmente recompostas pela criança.
Neste contexto, em que as transformações possíveis do objeto são conhecidas de antemão pelo experimentador, solicita-se à criança que observe, manipule o objeto em questão e emita julgamentos em relação às transformações realizadas ou organize o material de modo a resolver um problema proposto. O interrogatório é feito a partir de questões básicas surgidas das hipóteses do examinador e cada resposta dada pela criança leva à formulação de hipóteses que engendram novas questões. Há, portanto, um "encadeamento e sucessão de pergunta, resposta, nova hipótese, nova pergunta, que dá coerência e unidade ao interrogatório (Banks Leite,
1987)."
O interrogatório é flexível na medida em que é adaptado a cada sujeito, mas Castorina (1984) identifica três tipos de perguntas características do método clínico-crítico. São perguntas de exploração que teêm como objetivo fazer aflorar a noção cuja existência e estruturação se
quer comprovar; perguntas de justificação que centram o sujeito sobre as razões do estado atual do objeto e nas explicações concernentes a sua produção e a legitimação de seu ponto de vista e questões de contra argumentação que têm o propósito de estabelecer se as aquisições da
criança são ou não estáveis, qual o grau de equilíbrio de suas ações ante os problemas bem como apreender sua atividade lógica profunda.
O interrogatório clínico-crítico, dialeticamente centrado nas argumentações das crianças e dirigido ao mecanismo operacional, presta-se como instrumento de investigação apto a identificar conhecimentos operatórios comuns às crianças de um mesmo nível estrutural como, também, identificar o modo de funcionamento individual do sujeito. Permite que se
identifiquem flutuações, tateios, correções, consciência do fracasso, adaptação à variações que se introduzem na prova, ou seja, o grau de mobilidade do pensamento da criança (Castorina, 1984).
Segundo Granger (em Seminério, 1986) este método é epistemologicamente distinto dos demais por atuar não sobre as convergências e sim sobre os desvios.
O método de Piaget permite, segundo este autor,
"(...)detectar e descrever pormenorizadamente o processamento mental que escapa, evidentemente, à compreensão do próprio sujeito, mas pode ser definido a partir do enquadramento teórico do pesquisador. Supera-se, assim, a maior falácia envolvida nas primeiras tentativas do método introspectivo que, ingenuamente, esperava do sujeito não apenas a reconstituição dos conteúdos, mas até mesmo do processo envolvido em sua
atividade mental (p.12)."
Ainda, na opinião de Seminério (1986), a observação objetiva do comportamento dentro de uma postura dirigida pela teoria representa "um
marcante passo à frente, uma vez que a significação da teoria, em qualquer ciência, deveria sempre prevalecer sobre a fonte ou a natureza dos dados empíricos que lhe servem de ponte para a realidade (ibidem, p. 12)."
As investigações atuais da Escola de Genebra centram-se sobre uma análise mais aprofundada dos procedimentos de resolução de problemas e processos de invenção e descoberta. A diferença entre estas pesquisas e as pesquisas passadas é o foco no conjunto dos procedimentos individuais diante de problemas particulares e que podem variar de um sujeito a outro e de uma situação a outra, embora aspirando a compreensão das leis gerais do funcionamento enquanto as pesquisas estruturais, já realizadas, tiveram por objeto o que há de mais geral e mesmo universal na gênese do conhecimento (Banks Leite, 1987).
As investigações recentes introduziram certas modificações no método clínico-crítico de modo a ajustá-lo à nova problemática.
Procede-se, atualmente, a uma cuidadosa observação das seqüências de condutas do sujeito interagindo com o material, gravando-se, quando possível, as sessões em vídeo. Estas observações permitem que o investigador infira as estratégias e teorias de "ação" utilizadas pela
criança já que o material empregado é construído de forma que apareçam contradições diminuindo a necessidade de um interrogatório verbal tão intenso quanto o empregado nas pesquisas anteriores, o que não impede a formulação de hipóteses e sua verificação nas ações da criança.
REFERÊNCIAS
Banks Leite, L. (1987). Piaget e a Escola de Genebra. São Paulo: Cortez.

Castorina, J. et alii. (1984). Psicologia Genética: aspectos
metodológicos y implicancias pedagógicas. Buenos Aires: Mino y Davila.
Piaget, J. (s/d). A representação do mundo na criança. Rio de Janeiro:
Record.
Seminério, F. (abr./jun. 1986). O problema do método: limite ou expansão
em ciências humanas. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 38(2), 3-17.

1- A AMPLIAÇÃO DE "POSSÍVEIS" NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE ADOLESCENTES COM
LESÃO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL, EM AMBIENTE INFORMATIZADO- Dissertação de
Mestrado. UFRGS/IFCH Curso de Pós-Graduação em Psicologia do
Desenvolvimento.Dezembro, 1992.

Informática no Ensino Fundamental: A Aliada que Tornou-se Inimiga

Ensinar e aprender é um processo de transformação humana alicerçada na construção do conhecimento através dos temas transversais, aprendizagem sociointeracionista, base curriculares, plano político pedagógico, construção, produção criativa, mas e a informática educativa e a inclusão digital?

A sociedade oferece ao ser humano múltiplos recursos, facilitando o acesso ao mundo virtual e tecnológico que avança velozmente conquistando o universo, contudo não consegue conquistar a escola. Novidades tecnológicas surgem e a educação tradicional predomina nas escolas que através de seus educadores, tentam conquistar os alunos com instrumentos medíocres de trabalho.É preciso destacar que a escola não acompanha o processo de avanço tecnológico, por isso a informática no ensino fundamental, que deveria ser aliada tornou-se inimiga. O educador não possui a sua disposição esse recurso, desconhecendo-o, não se envolve com o novo, o novo assusta e seus esforços parecem inúteis na questão de educar os olhos de seu alunado para a beleza e o fascínio do aprender na escola, distanciados da era digital por isso a informática teria importância relevante para o desenvolvimento do educando se fizesse parte do currículo e para que isso ocorra é preciso recursos, vontade política e profissionais habilitados e envolvidos com o novo jeito de ensinar- aprender.

Sonhamos com uma escola de qualidade munida de um bom laboratório de informática em rede, conectado com o mundo através da Internet ou o CD-ROM como complemento de aprendizagem tendo por objetivo aproximar o ato de ensinar-aprender com o prazer de construir novos conceitos e fazer novas descobertas, aliando o saber cientifico com o saber tecnológico com orientação, entretanto havemos de questionar a intensidade do uso desse recurso, pois percebemos que ao dispor-se frente a telinha do computador, o ser humano esquece da vida e em silêncio navega por horas, sem perceber o tempo que passa e que a relação homem máquina o distancia das relações humanas.

Queremos acreditar que a informática no ensino fundamental seja a alternativa necessária para resgatar o interesse do aluno pelo ensino, capaz de desenvolver novas habilidades e competências desde que utilizada como ferramenta construtora de um ser que pensa e aceita a possibilidade de erros e acertos, que transforma seu espaço explorando o mundo com as asas da imaginação em busca da felicidade alicerçados na fé em Deus.

O PÃO DE CRISTO

Uma história que cativa e ao mesmo tempo nos faz refletir de como o ser humano é frágil e necessita do outro para lembrá-lo que devemos co...